Paço Municipal

Fachada do Paço Municipal voltada para o Parque Halfeld (detalhe).

Edifício do Paço Municipal – detalhe da fachada voltada para o Parque Halfeld.

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No local onde hoje fica o edifício do antigo Paço Municipal de Juiz de Fora, havia um prédio baixo que funcionava como parte da delegacia, abrigava porcos e servia de parada para mulas e cavalos. Desde sua inauguração, em 1918, a imponente edificação conserva as características arquitetônicas peculiares à sua época de construção. Presenciou grande parte da história político-administrativa da cidade e tornou-se um referencial histórico do local onde também se instalou a Câmara Municipal, a partir da elevação do povoado a Vila, então denominada Santo Antônio do Paraibuna.

Ponto de referência arquitetônica e geográfica da cidade, o edifício foi sede da Prefeitura de Juiz de Fora até 1997 e serviu a 23 prefeitos, durante 27 gestões. Em 19 de janeiro de 1983, foi tombado pelo município como um importante referencial histórico, arquitetônico e urbano. Seu tombamento inclui a preservação do volume da edificação e do seu núcleo original, desde a Avenida Barão do Rio Branco até o hall de entrada pela Rua Halfeld.

Chamado originalmente de “Repartições Municipaes”, o Paço Municipal representa, juntamente com o edifício do antigo Fórum, hoje Câmara Municipal, e os remanescentes do Parque Halfeld, uma parte significativa do passado de Juiz de Fora. Foi projetado pelo arquiteto Raphael Arcuri e executado pela Companhia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri. Passou por uma ampliação em 1934, seguindo o mesmo padrão, que resultou na estrutura atual. O edifício de dois pavimentos é de estilo arquitetônico eclético, com influências neoclássicas, rica ornamentação e fachadas movimentadas com elementos em relevo. Sua planta é chanfrada e o prédio possui, sobre a entrada principal, uma grande sacada com torre e cúpula, valorizada pelo encontro de duas das principais ruas da cidade. A última ampliação foi feita em 1944, na área interna.

Atualmente, o prédio abriga a Secretaria Especial da Igualdade Racial – SEIR, da Prefeitura de Juiz de Fora e o Anfiteatro João Carriço. No andar térreo encontra-se, aberto à visitação pública, o Centro de Preservação da Memória Negra, um marco simbólico e concreto no processo de reparação histórica, que representa um compromisso com o reconhecimento e a valorização da contribuição da população negra na construção e no desenvolvimento de Juiz de Fora.

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Textos de referência:

DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.

FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Memória da Urbe – Bens Tombados. Juiz de Fora: FUNALFA Edições, 2004.

jfpatrimonio.com.br (abre em outra página)

pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/historico/paco_municipal.php (abre em outra página)

tribunademinas.com.br/noticias/cultura/11-11-2018/as-historias-vividas-em-100-anos-do-paco-municipal-de-jf.html#goog_rewarded (abre em outra página)

Informações úteis:

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O Paço Municipal está localizado na Avenida Barão do Rio Branco, número 2.234, Centro. O telefone de contato da Secretaria Especial da Igualdade Racial – SEIR é (32) 3212 – 2318.

Além da secretaria, o edifício abriga o anfiteatro João Carriço, localizado no segundo pavimento. O primeiro pavimento possui rampa de acesso para pessoas com dificuldade de locomoção. O local abriga o Centro de Preservação da Memória Negra, aberto à visitação pública, com entrada franca e classificação livre, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h e, aos sábados, das 9h às 15h.

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