Museu Ferroviário


Locomotiva destinada à prestação de serviço nas pedreiras da Central do Brasil.


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A história de Juiz de Fora é fortemente marcada pela ferrovia, que contribuiu para o seu desenvolvimento permitindo a circulação de pessoas, mercadorias e ideias. A Estrada de Ferro D. Pedro II foi inaugurada em 1875, durante o auge da produção de café, e consolidou a importância da cidade na província de Minas Gerais.
Em 30 de dezembro de 1875, foi inaugurada uma estação provisória da Estrada de Ferro D. Pedro II em Juiz de Fora, em um terreno doado à ferrovia. Com o aumento do fluxo de cargas e passageiros, a administração da ferrovia inaugurou, em 1905, a sede da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, com todos os cômodos necessários para o serviço de tráfego. Um ano após a sua inauguração, a Estação de Juiz de Fora já ocupava o quarto lugar em importância na receita ferroviária.
A antiga sede da Estrada de Ferro Leopoldina, que hoje abriga o Museu Ferroviário de Juiz de Fora, foi construída em estilo eclético com elementos da arquitetura clássica. A fachada do prédio possui frontões triangulares, pilastras no pavimento superior e janelas e portas do térreo com arcos. O prédio é feito de tijolos maciços, tem laje de concreto armado entre os dois andares e um telhado de madeira coberto com telhas francesas.
No projeto original, o térreo abrigava a sala do agente e do telégrafo, o armazém, os sanitários, a sala das senhoras e o bar. No andar superior, ficava a casa do agente da estação. Ao longo dos anos, o prédio sofreu várias reformas que mudaram o desenho original. Em 1977, foram adicionados dois corpos laterais no andar superior, e a maioria das portas externas foi transformada em janelas. Em 1985, o prédio foi adaptado para abrigar o Núcleo Histórico Ferroviário, com salas de exposição no térreo e um centro de documentação no andar superior.
Em 1999, por meio de um convênio celebrado entre a Rede Ferroviária Federal S.A. e a Prefeitura de Juiz de Fora, a administração do espaço foi assumida pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (FUNALFA) e o local passou a se chamar Museu Ferroviário de Juiz de Fora. O museu passou por reformas, incluindo troca de piso, pintura, conservação de peças e reforma do anfiteatro. O acervo foi reorganizado e disposto de forma didática. Em agosto de 2003, o Museu Ferroviário foi reaberto ao público após um processo de revitalização e modernização do espaço.
O Museu Ferroviário tem como objetivo preservar a história e os costumes da ferrovia. Seu acervo inclui cerca de 400 peças, como locomotivas, placas de tráfego, mobiliário, relógios, louças, miniaturas, instrumentos de trabalho e de comunicação, distribuídos em salas temáticas com painéis didáticos.
A primeira sala apresenta a réplica de uma locomotiva a vapor, construída por um colecionador que levou vinte anos para concluir o trabalho. Há também um resumo da história da ferrovia no século XIX e relíquias como placas de identificação das locomotivas, faróis e apitos originais. Na sala da Agência da Estação, estão móveis usados na época, como estante de bilhetes, cabine de vendas, telefone e telégrafo. Na sala de Material Rodante e Aspectos Tecnológicos, são exibidos componentes internos das locomotivas, telefones antigos e itens de sinalização e manutenção.
O escritório ferroviário mostra o cotidiano do chefe da estação, com documentos, mata-borrões, armários antigos e uma coleção de 24 relógios de parede. O museu possui uma réplica de uma cabine de primeira classe com decoração luxuosa, assentos confortáveis e lavabo exclusivo. Na plataforma, encontram-se duas locomotivas a vapor originais. Além do rico acervo, o Museu Ferroviário oferece para a comunidade a Estação Arte, composta pelo Anfiteatro e pela Sala de Multimeios.
Para administrar o Museu Ferroviário, a FUNALFA se comprometeu a usar o prédio apenas para fins culturais, educacionais ou turísticos. Em 2000, a Prefeitura de Juiz de Fora decretou o tombamento do imóvel, por seu valor histórico e cultural e, em 2005, tanto o acervo, quanto o prédio, foram tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA).
O Museu Ferroviário integra o núcleo histórico e arquitetônico da Praça Dr. João Penido, também conhecida como “Praça da Estação”, situada na região central da cidade e reconhecida como referência de local com grande fluxo de pessoas e produtos, além de palco para grandes acontecimentos políticos da cidade.
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Textos de referência:
DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Memória da Urbe – Bens Tombados. Juiz de Fora: FUNALFA Edições, 2004.
cadastro.museus.gov.br/museus/museu-ferroviario-de-juiz-de-fora (abre em outra página)
pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/mf/acervo.php (abre em outra página)
pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/mf/ferrojf.php (abre em outra página)
pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/mf/historico.php (abre em outra página)
pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/mf/index.php (abre em outra página)
Informações úteis:
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O Museu Ferroviário está localizado na Avenida Brasil, 2001, Centro. O telefone de contato é (32) 3212-5781 e o e-mail
espaço.funalfa@gmail.com (abre em outra página).
Mais informações sobre o local estão disponíveis no site
pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/mf/index.php (abre em outra página) e suas redes sociais são:
instagram.com/museuferroviariojf (abre em outra página);
facebook.com/museuferroviariojf (abre em outra página).
O local possui cinco salas de exposições, anfiteatro, sala multimeios, bebedouros e sanitário. As visitas são gratuitas e podem ser realizadas de segunda-feira a sábado, das 9h às 12h e das 13h às 17h. O agendamento de visitas guiadas para grupos pode ser feito por telefone ou presencialmente. O museu possui rampas móveis de acesso para pessoas com dificuldade de locomoção.

