Jardim Botânico


Portaria do Jardim Botânico da Universidades Federal de Juiz de Fora.


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Detlef Krambeck, patriarca da família Krambeck, foi um alemão que chegou em Juiz de Fora no ano de 1872. Aquiriu três propriedades rurais desmembradas da antiga Fazenda da Tapera que, juntas, passaram a formar a Mata do Krambeck. Em 1938, uma dessas propriedades, o Sítio Malícia, que mais tarde se tornaria o Jardim Botânico, era um loteamento popular. Pedro Krambeck, descendente do patriarca, desativou o loteamento, recomprou os lotes já vendidos e, dois anos depois, construiu no local sua residência, realizando obras de paisagismo com lagos artificiais, alamedas de araucárias, cedros e paineiras, jardins e pomares.
O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) possui 82,74 hectares, o equivalente a 119 campos de futebol, e faz parte da área antes chamada Sítio Malícia. No passado, a área foi usada para pecuária, plantio de café e extração de lenha, mas, a partir da década de 1920, passou a ser preservada e adaptada para abrigar a família Krambeck. Junto com os sítios Retiro Velho e Retiro Novo, que são Áreas de Proteção Ambiental (APA), forma a Mata do Krambeck, totalizando 373 hectares.
Em 1992, uma Lei Estadual criou a Área de Proteção Ambiental (APA) Mata do Krambeck, mas, em 1993, o Sítio Malícia foi excluído da APA. Já em 2003, empresários planejaram um empreendimento no local e, antes de se tornar um jardim botânico, a área estava destinada a virar um condomínio de luxo, com marcações de loteamento ainda visíveis, enfrentando oposição de organizações e da sociedade.
Após mobilizações populares e apoio político, em 2007 a UFJF anunciou interesse na área e comprou o terreno em 2010 para criar o Jardim Botânico. O local foi fechado para pesquisas e reformas, incluindo a construção do Centro de Pesquisa e do Laboratório Casa Sustentável, transformando-se em um espaço público de acesso democrático à natureza.
O Jardim Botânico é um dos maiores remanescentes de Floresta Atlântica em área urbana do Brasil. O local, dedicado à preservação e conservação, oferece outras atrações que incluem o Laboratório Casa Sustentável, a Casa Sede com galerias de arte, a Casa de Educação Ambiental, trilhas, lagos com decks, alamedas e espaços para contemplação. Projetos de educação ambiental, pesquisa e ensino são desenvolvidos no local, que configura um ambiente de grande beleza natural.
Com mais de 500 espécies de plantas identificadas, incluindo plantas nativas, ornamentais e espécies raras ou em extinção, como pau-brasil e ipê-roxo, o Jardim Botânico também abriga muita fauna local e nascentes, contribuindo para a regulação do microclima da região.
O Jardim Botânico da UFJF é um espaço de Extensão Universitária que reflete a ocupação cultural, política e econômica da região, além de representar a luta pela conservação da biodiversidade. Hoje, é um importante espaço ecológico e turístico em Juiz de Fora.
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Textos de referência:
ufjf.br/jardimbotanico (abre em outra página)
Informações úteis:
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O Jardim Botânico está localizado na Rua Coronel Almeida Novais, número 246, no bairro Santa Terezinha. Os telefones para contato são (32) 2102-6336 e (32) 2102-6337. O e-mail é
jardimbotanico@ufjf.br (abre em outra página).
Mais informações sobre o local estão disponíveis no site
ufjf.br/jardimbotanico (abre em outra página) e suas redes sociais são:
instagram.com/jardimbotanicoufjf (abre em outra página);
facebook.com/jardimbotanicoufjf (abre em outra página).
A visitação é gratuita e funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, com última entrada de visitantes às 16h. O local fica fechado às segundas-feiras e feriados. Não há agendamento de visitas, exceto para escolas, grupos e ensaios fotográficos.
O Jardim Botânico é um ambiente natural localizado em meio à Mata do Krambeck que oferece a oportunidade de observar e conhecer a flora e a fauna locais. Possui as trilhas da Juçara e do Mel, com o meliponário de abelhas nativas, além de dois lagos, sendo um com deck.
O espaço conta também com:
. a Casa-Sede, com exposições permanentes e temporárias e a cafeteria e cantina Flor da Mata;
. a Casa de Educação Ambiental, com o painel sobre o “Causo da Onça-pintada”;
. o Laboratório Casa Sustentável, onde o visitante percorre os cômodos da casa, percebe mudanças de iluminação, temperatura e outros aspectos da arquitetura bioclimática, conforme o tipo de piso, disposição de janelas e outros arranjos. O funcionamento do local ocorre às quartas, sextas e domingos, das 9h às 16h;
. o bromeliário, cactário e o orquidário Frederico Carlos Hoehne.
Os banheiros e os bebedouros disponíveis ficam na Casa de Educação Ambiental e na Casa-Sede. Há ainda um bebedouro no bromeliário.
Não há estacionamento no Jardim Botânico, que dispõe de bicicletário com dez baias para guardar a bicicleta com cadeado trazido pelo usuário. Todo o percurso interno é realizado a pé. Por estar localizado em meio à mata e para que a visita ocorra de acordo com premissas sustentáveis, o local dispõe de
recomendações para visitação (abre em outra página).

