Cine-Theatro Central

Fachada principal do Cine-Theatro Central.

Fachada principal do Cine-Theatro Central.

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Considerado como um dos principais bens do patrimônio cultural de Juiz de Fora, o Cine-Theatro Central foi construído a partir da fundação da Companhia Central de Diversões, sociedade formada por Francisco Campos Valadares, Químico Corrêa, Diogo Rocha e Gomes Nogueira, em 1927. Eles adquiriram o precário teatro Polytheama, então localizado no terreno entre a Rua São João e a antiga Rua da Califórnia (hoje Halfeld), que foi demolido para dar lugar ao Central.

O projeto do novo teatro foi realizado pela antiga Companhia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri, responsável por várias construções históricas na cidade, que passou a ser chamada de Pantaleone Arcuri & Spinelli, em 1900. Com a entrada do patriarca da família Arcuri na companhia recém-fundada, o projeto grandioso de seu filho, o arquiteto Raphael Arcuri, pôde ser financiado. A ousada construção durou um ano e quatro meses e se destacou pelo grande vão sustentado por uma estrutura metálica importada da Inglaterra.

Inaugurado em 1929, o Cine-Theatro Central é um belo exemplar da arquitetura eclética da época, localizado no que se convencionou chamar de “o coração da cidade”. A edificação combina características clássicas em seu interior com influências dos estilos eclético e art déco na fachada. Possui uma suntuosa ornamentação artística interna, assinada pelo pintor italiano radicado no Brasil, Ângelo Bigi, com elementos da antiguidade clássica e medalhões com figuras de grandes mestres da música.

O Central está disposto como uma espécie de “painel de fundo” do Largo João Pessoa, na Rua Halfeld, juntamente com outros edifícios históricos que compõem o ambiente e ampliam sua perspectiva. A fachada frontal do teatro apresenta, em seu pavimento térreo, cinco portas por onde se tem acesso ao interior do edifício, que possui uma marquise de concreto em balanço ao redor das fachadas. Nos pavimentos superiores, destacam-se as robustas pilastras, as janelas de madeira com vidros coloridos, além dos vários elementos de sua ornamentação. A cobertura possui uma empena triangular marcada por um volume projetado e uma escada que dão acesso ao telhado, protegidos por uma mureta com balaústres.

O Central desempenhou um importante papel na dinâmica cultural de Juiz de Fora. Projetado para apresentações cênicas, óperas, orquestras e balés, integrou o circuito comercial de cinema até o início da década de 1990, como uma das principais salas de projeção da cidade. Com a progressiva queda do público que frequentava o local e, embora ainda fosse palco de apresentações de teatro e música, passou por um período de abandono, quando surgiu na cidade um movimento iniciado por uma passeata cujo objetivo era conscientizar a população sobre a importância do edifício, com o slogan “O Central é nosso”, o que contribuiu para o seu tombamento, pelo município, em 1983.

Após muitas negociações com a Companhia Franco-Brasileira, então proprietária do Central, houve a mobilização de lideranças locais no Governo Federal e a aquisição do imóvel pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), através de recursos do Ministério da Educação, em 1994, ano em que o Central também foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O edifício foi totalmente restaurado e reinaugurado em 1996, com capacidade para 1.751 lugares. Seu palco testemunhou e ainda recebe a apresentação de grandes artistas e talentos da música nacional, além de variados espetáculos de teatro, dança e música. O local conta com a Galeria Angelo Bigi, onde estão expostas obras do pintor italiano responsável pela ornamentação do prédio. Através do projeto Visitas Guiadas, o Cine-Theatro Central permite que a população conheça a história e curiosidades desse grandioso espaço.

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Textos de referência:

DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.

FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Memória da Urbe – Bens Tombados. Juiz de Fora: FUNALFA Edições, 2004.

jfpatrimonio.com.br (abre em outra página)

pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/patrimonio/historico/teatro_central.php (abre em outra página)

theatrocentral.com.br (abre em outra página)

ufjf.br/procult/orgaos-executores/cine-theatro-central (abre em outra página)

ufjf.br/ufjf/culturaelazer/cinetheatrocentral (abre em outra página)

Informações úteis:

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Com capacidade total de 1.751 lugares e quatro camarins, o Cine-Theatro Central está localizado no Largo João Pessoa, na Rua Halfeld, Centro. O número de telefone da bilheteria, para vendas e informações, é (32) 2102-6329, e o da administração do local é (32) 2102-6330 (fixo e whatsapp). O e-mail para contato é
cinetheatrocentral@ufjf.br (abre em outra página).

Mais informações sobre o teatro estão disponíveis no site
theatrocentral.com.br (abre em outra página) e em suas redes sociais: 
instagram.com/cinetheatrocentral (abre em outra página);
facebook.com/centralufjf (abre em outra página).

As visitas guiadas acontecem de forma gratuita, acompanhadas de uma equipe especializada, com duração máxima de 40 minutos, de terça a sexta-feira, das 9h às 12h (sendo o último horário às 11h20), das 14h às 17h (sendo o último horário às 16h20), e sábado, das 9h às 12h (sendo o último horário às 11h20).

As visitas podem ser feitas de maneira espontânea ou por agendamento, através do e-mail
cinetheatrocentral@ufjf.br (abre em outra página), ou pelo telefone (32) 2102-6330, de forma individual ou em grupos. Para grupos com mais de 6 pessoas, é necessário o agendamento por e-mail. Fotografias e filmagens podem ser realizadas sem o uso de flash.

O local possui um sanitário acessível, próximo ao acesso para o terceiro piso. As visitações são gratuitas e podem ser previamente adaptadas para pessoas com deficiência e visitantes estrangeiros, nos idiomas inglês e espanhol. Há cobrança de ingressos para eventos realizados por terceiros.

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Logomarcas - Funalfa e Prefeitura de Juiz de Fora.
Logomarcas - Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.