Museu de Arte Murilo Mendes

Fachada principal do MUseu de Arte Murilo Mendes.

Fachada principal do Museu de Arte Murilo Mendes.

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O poeta Murilo Monteiro Mendes nasceu em 13 de maio de 1901, em Juiz de Fora. Aos 19 anos, começou a escrever crônicas no jornal A Tarde e, em 1920, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde colaborou com revistas modernistas. Em 1930, publicou o livro Poemas: 1925-1929, considerado por Mario de Andrade como “o mais importante livro do ano” e vencedor do Prêmio de Poesia da Fundação Graça Aranha. Em 1932, lançou o livro História do Brasil. Em 1935, publicou Tempo e Eternidade com seu amigo Jorge de Lima. Entre 1936 e 1947, lançou seis outros livros: O Sinal de Deus, A Poesia em Pânico, O Visionário, As Metamorfoses, Mundo Enigma e Poesia Liberdade.

Em 1952, Murilo viajou pela primeira vez à Europa e ministrou palestras na Bélgica e na Holanda. Em 1957, mudou-se para a Itália, onde deu aulas de Estudos Brasileiros na Universidade de Roma. Em 1959, publicou Siciliana e, em 1965, Italianíssima: 7 Murilogrammi. Em 1968, com referência às suas origens, lançou A Idade do Serrote, escrito entre 1965 e 1966. Recebeu o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina em 1972 e, após 17 anos, voltou ao Brasil para uma visita. Em 1973, foi publicada a primeira série de Retratos-relâmpago; a segunda saiu em 1975, ano de sua morte, em Lisboa, cidade descrita no livro Janelas Verdes (1989) como “consabidamente bela”.

Após a morte de Murilo, sua biblioteca foi doada à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com mais de 2.800 livros. Em 1994, foi criado o Centro de Estudos Murilo Mendes na UFJF e, em 20 de dezembro de 2005, foi inaugurado o Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM), dedicado à preservação e divulgação dos acervos de Murilo.

O MAMM é reconhecido pelo Ministério da Cultura e possui o selo “Museu Certificado”. Abriga a biblioteca e a coleção de artes visuais de Murilo Mendes e visa preservar, conservar e divulgar esses acervos, além de promover intercâmbio com outras instituições, publicar resultados de pesquisas e incentivar ações na literatura e nas artes visuais. Sua missão inclui a valorização da memória literária de Juiz de Fora.

A biblioteca do poeta Murilo Mendes, doada à Universidade Federal de Juiz de Fora em 1976, por sua viúva Maria da Saudade Cortesão Mendes, possui 2.886 títulos e 3.008 exemplares sobre literatura, religião, arte, história, filosofia, entre outros temas. Inicialmente, a biblioteca foi colocada no Centro de Documentação e Difusão Cultural da UFJF, depois foi para o Centro de Estudos Murilo Mendes em 1994 e, em 2005, foi transferida para o MAMM, onde faz parte do Setor de Biblioteca e Informação. Além da biblioteca de Murilo Mendes, outros acervos bibliográficos também fazem parte desse setor, como os de João Guimarães Vieira (Guima), Arthur Arcuri, Gilberto e Cosette de Alencar, Dormevilly Nóbrega e Cleonice Rainho. Esses acervos são preservados como parte de um projeto para manter a memória literária e cultural da cidade.

A coleção do Museu de Arte Murilo Mendes reflete a vida e os interesses do poeta, mostrando suas relações pessoais, suas ideias sobre a escrita e sua atuação como crítico de arte. Murilo Mendes, com seu olhar atento, participou ativamente da cultura de sua época, colecionando obras de arte que ele admirava ou ganhava de amigos. Este acervo de artes visuais, transferido para a UFJF em 1994, é considerado a maior coleção internacional de arte moderna em Minas Gerais, mostrando a habilidade do poeta em perceber o mundo ao seu redor.

O projeto arquitetônico do edifício do MAMM foi realizado pelos engenheiros Nicolau Kleinsorge e Waldemar Bracher, e pelo então estudante de arquitetura Décio Bracher, contando, ainda, com a contribuição do artista Carlos Bracher na elaboração dos desenhos de arquitetura. Com sua ampla fachada de vidro, a edificação configurou-se como um marco na arquitetura moderna dos anos 1960 em Juiz de Fora. Até 2005, abrigou a Reitoria da UFJF.

Localizado no centro da cidade, em uma área de aproximadamente 2.200 m², o museu valoriza a iluminação natural e a integração com o jardim externo. Seu edifício apresenta, predominantemente, alvenaria, pedra, vidro, esquadrias de ferro nas janelas, básculas e portas. Possui três pavimentos e o acesso entre eles se dá por meio de escada e/ou elevador de pessoas.

O MAMM é composto pelos seguintes setores:

. Biblioteca e Informação: com acervo constituído de aproximadamente 12.000 volumes, incluindo obras raras, periódicos e obras de referência;

. Museologia: responsável pelo registro, catalogação, inventário e guarda das coleções, e também pelas propostas expositivas apresentadas no espaço;

. Preservação: cujo objetivo principal é a formulação de políticas de preservação do acervo bibliográfico, documental e de artes plásticas alocado no museu;

. Difusão Cultural: que promove projetos culturais e intercâmbios de ação educativa, com vistas à formação de público crítico e consumidor de cultura e artes.

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Textos de referência:

museudeartemurilomendes.com.br (abre em outra página)

Informações úteis:

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O Museu de Arte Murilo Mendes está localizado na Rua Benjamin Constant, número 790, bairro Santa Helena. O telefone de contato é (32) 2102-3582 e o e-mail
visiteomamm@gmail.com (abre em outra página).

Mais informações sobre o local estão disponíveis no site 
museudeartemurilomendes.com.br (abre em outra página) e suas redes sociais são:
instagram.com/mamm.ufjf (abre em outra página);
facebook.com/mamm.ufjf (abre em outra página).

O local possui galerias de arte, laboratórios de restauração, biblioteca e anfiteatro. A visitação é gratuita e o espaço funciona de terça-feira a sábado, das 9h às 18h, domingos e feriados, das 13h às 18h.

O agendamento para visitas de grupos de 8 a 40 pessoas, com mediadores da Divisão de Ação Educativa, deve ser feito com antecedência pelo e-mail
visiteomamm@gmail.com (abre em outra página). Recomenda-se a reserva 15 dias antes da data desejada. A visita dura, em média, 40 a 50 minutos e pode ser realizada de terça a sexta-feira, das 9h às 11h e das 13h às 15h.

A equipe do MAMM atende a demandas de grupos para oferecer um roteiro personalizado. A disponibilidade para agendamento no fim de semana deve ser consultada.

O MAMM possui vagas especiais no estacionamento para idosos e pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, rampa de acesso às entradas principal e secundária, banheiros adaptados, elevador e bebedouros. Algumas exposições contam com Qr Codes para acesso a vídeos com audiodescrição. O espaço oferece, também, peças criadas especialmente para pessoas cegas.

Galeria de imagens

Logomarcas - Funalfa e Prefeitura de Juiz de Fora.
Logomarcas - Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.