Museu do Crédito Real

Fachada do edifício do Museu do Crédito Real voltada para a Rua Halfeld.

Edifício do Museu do Crédito Real – fachada da Rua Halfeld.

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Inaugurado em 22 de agosto de 1964, o Museu do Crédito Real preserva a história do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, o primeiro banco do Estado, fundado em 1889 com autorização de D. Pedro II e privatizado em 1999. Idealizado por José Tostes de Alvarenga Filho, o museu funciona na antiga sede do banco, um prédio de arquitetura eclética construído em 1931. Seu acervo inclui cerca de 10 mil fotografias, filmes e livros sobre o cotidiano bancário em Minas Gerais.

Em destaque, possui uma balança de café que conta a história da crise da Bolsa de Valores de 1929, que afetou a economia do café em Minas Gerais. Também há registros de escravos hipotecados e coleções de louças inglesas do início do século XX, refletindo o estilo de vida da época. O museu conta com móveis originais e uma reprodução da sala de um diretor de banco do começo do século XX, além de máquinas de escrever e de contabilidade. Há também uma coleção de moedas e cédulas nacionais e internacionais que mostram a evolução do dinheiro no Brasil.

O Banco de Crédito Real foi criado em 1888 para facilitar empréstimos agrícolas em Minas Gerais e inaugurado oficialmente em 5 de setembro de 1889. A inauguração do atual prédio do Museu do Crédito Real, que naquela época se tornou a terceira sede do banco, aconteceu em 30 de junho de 1931. Ele está localizado em uma esquina, com fachadas para a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Halfeld, duas das principais ruas da cidade. Projetado por Luiz Signorelli e construído pela Companhia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri em estilo eclético, com influências da arquitetura neoclássica, a edificação possui seis andares, com os dois últimos adicionados na década de 1930.

A fachada da Avenida Getúlio Vargas é dividida em dois blocos. O pavimento térreo tem seis portas contínuas com esquadrias de ferro e vidro transparente e uma marquise de concreto armado. O segundo andar tem seis janelas em sequência, cada uma com uma porta central e duas janelas basculantes laterais. O terceiro andar tem seis janelas de três partes, com uma porta central e duas janelas laterais. O quarto andar tem um vão igual ao do terceiro andar, mas com arcos. Os quinto e sexto andares têm seis janelas de três partes.

A fachada da esquina, delimitada pelas colunas duplas, apresenta em todos os seis pavimentos a repetição da composição dos vãos descritos para a Avenida Getúlio Vargas, com exceção das portas do pavimento térreo, que são de cobre.

O prédio foi tombado pelo município em 1992, por sua importância histórica, social, econômica, arquitetônica, urbanística e cultural. O tombamento inclui as pinturas ornamentais nas paredes, feitas pelo artista italiano Angelo Biggi, que também pintou o Cine-Theatro Central e a sede da Associação Comercial.

Em 2000, durante a reforma da antiga sede do Banco de Crédito Real, foram descobertas pinturas nas paredes sob oito camadas de tinta, identificadas como obras de Ângelo Biggi. As paredes dos salões 101, 102 e 104, que abrigam o Museu do Crédito Real, têm pinturas com motivos geométricos e de plantas, usando tinta oleosa avermelhada que dá uma aparência de tecido sedoso. No salão 201, que abriga o auditório, as paredes têm moldes com motivos florais e geométricos, em fundo ocre esverdeado.

O acervo do museu é dividido em duas grandes coleções: Objetos Pecuniários e História Bancária. A coleção Objetos Pecuniários inclui moedas e cédulas nacionais e internacionais, como uma moeda de 230 d.C. e cédulas alemãs. A coleção História Bancária tem peças, objetos e documentos do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, organizados em categorias como Comunicação, Interiores, Objetos Pessoais, Medição, Trabalho, Processamento, Insígnias e Artes Visuais.

O antigo Banco de Crédito Real, também conhecido como Credireal, foi fundado em Juiz de Fora em 1889, pouco antes da Proclamação da República. O Estado assumiu o controle acionário em 1911 e o Credireal tornou-se uma instituição oficial em 1919. Até a década de 1920, foi o único banco da Zona da Mata Mineira e, até os anos 1960, era uma das instituições financeiras mais fortes do país.

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Textos de referência:

DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.

FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Memória da Urbe – Bens Tombados. Juiz de Fora: FUNALFA Edições, 2004.

jfpatrimonio.com.br (abre em outra página)

sistemademuseus.mg.gov.br/museus-de-minas/museus-estaduais/museu-do-banco-do-credito-real (abre em outra página)

acervodigital.secult.mg.gov.br/museu-credito-real (abre em outra página)

mapas.cultura.gov.br/espaco/8719 (abre em outra página)

tribunademinas.com.br/acervo/museus/03-01-2019/museu-credito-real.html (abre em outra página)

pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/patrimonio/bens_tombados/credito_real.php (abre em outra página)

Informações úteis:

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O Museu do Crédito Real está localizado na Avenida Getúlio Vargas, número 455, esquina com a Rua Halfeld, no Centro. O telefone de contato é (32) 99945-0295 e o e-mail
dillyhistoriador@gmail.com (abre em outra página).

Mais informações sobre o local estão disponíveis no site
acervodigital.secult.mg.gov.br/museu-credito-real (abre em outra página) e suas redes sociais são:
instagram.com/museudocreditoreal (abre em outra página);
facebook.com/museudocreditoreal.mg (abre em outra página);
youtube.com/@museudocreditoreal6518 (abre em outra página).

O local possui salas de exposições e dois auditórios, acervo documental e reserva técnica. As visitas podem ser realizadas nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 9h às 17h, com entrada gratuita. Visitas guiadas podem ser agendadas por telefone ou pelo e-mail
dillyhistoriador@gmail.com
 (abre em outra página).

O edifício sede do Museu do Crédito Real possui rampa de acesso, elevador com informações em braile, sanitários adaptados e bebedouros.

Galeria de imagens

Logomarcas - Funalfa e Prefeitura de Juiz de Fora.
Logomarcas - Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.